13 de dezembro de 2011
Derviches
( Imagem retirada de: http://img.nnov.org/data/myupload/1/305/1305064/dervishes.jpg )
Mais alguma informação "Um Certo Oriente":
http://umcertoriente.blogspot.com/2011/10/misticismo-derviche-i.html
http://umcertoriente.blogspot.com/2011/11/misticismo-derviche-ii.html
Workshops por Shaykh Ahmad Dede ( Ordem Sufi Naqshbandi Rabbani):
http://grupohaqqanirabbani.blogspot.com/
21 de novembro de 2011
Fernando Pessoa e a Civilização Arábico-Islâmica
Integrada no Ciclo Internacional de Conferências «Pessoa na Actualidade» destacamos a seguinte palestra:
Fernando Pessoa e a civilização arábico-islâmica: algumas considerações introdutórias, por Fabrizio Boscaglia
"Tendo por finalidade divulgar as mais recentes pesquisas sobre Fernando Pessoa, o Ciclo Internacional de Conferências «Pessoa na Actualidade» pretende trazer à Casa Fernando Pessoa jovens investigadores pessoanos. O evento ocorrerá nos meses de Dezembro de 2011 e de Janeiro de 2012 e contará com a presença de pesquisadores nacionais e estrangeiros que nos darão a conhecer algumas das investigações sobre o pensamento e a obra do poeta e pensador português. As sessões terão lugar no Auditório da Casa Fernando Pessoa, sempre a partir das 18:30"
Mais informação sobre o Ciclo:
http://estudospessoanosportugalebrasil.blogspot.com/
Casa Fernando Pessoa:
http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt
16 de novembro de 2011
Um Certo Oriente: Al-Mu’tamid, Rei-Poeta
"É raro encontrar qualquer obra, científica ou não, escrita no “al-andalus” que não esteja adornada com poemas. A mais idiossincrásica forma de cultura árabe sempre foi a poesia, a arte do verbo que nasceu para fazer companhia ao beduíno, seguindo a cadência da sua montada, na solidão do deserto. Talvez não seja por acaso que “verso” em árabe se diga “bait”, que significa simultaneamente “casa”, e “palavra” se pronuncie “mufrad”, de “fard”, “indivíduo”(...)
No Portugal do “al-andalus”, a poesia fazia parte do quotidiano e era prática comum, não só nas mansões com os seus jardins e vergéis ou nas alcáçovas, de senhores e próceres, mas ainda pelo povo humilde que arroteava os campos na faina da lavoura. Nas cortes, perante os vizires, os políticos adornavam as suas prédicas versejando e romanceando habilidosas metáforas. Todo o cavaleiro, antes de desembainhar o sabre para se arrojar estoicamente à alucinação da peleja, titubeava um poema em forma de oração. Homens e mulheres do “al-gharb” eram poetas. Poetas do panegírico, da paixão, da saudade, do drama, da graça e dos amores infelizes, por ser infeliz o destino que os marcou.
( António Rodrigues - Um Certo Oriente Blogspost)
Para o Artigo completo:
Um Certo Oriente: Al-Mu’tamid, Rei-Poeta: “Meu filho, é preferível na minha opinião morrer pastor no Magrebe que tornar a Andaluzia terra de infiéis, porque então os muçulmanos amald...
15 de novembro de 2011
Nasrudin, o Tolo Sábio
Nasrudin perdeu o burro. Sai à procura dele a berrar:
- Graças a Deus! Graças a Deus!
- Por que graças a Deus? - perguntavam as pessoas.
- Porque eu não estava montado no burro quando ele se perdeu. Se estivesse, tinha-me também perdido!
Nasrudin apresentou-se na praça do mercado e dirigiu-se à multidão do alto de um banco:
- Ó povo deste lugar! Querem conhecimento sem dificuldade? Verdade sem falsidade? Realização sem esforço? Progresso sem sacrifício?
Juntou-se um grande número de pessoas, e toda a gente a gritar:
- Queremos! Queremos!
- Excelente! Era só para saber. Podem confiar em mim, que lhes contarei tudo a esse respeito caso algum dia descubra como isso seja possível.
Foram ter com Nasrudin para os aconselharem:
- Há anos que caço, mas não compreendo porque os outros caçadores mantêm um olho aberto e o outro fechado enquanto apontam antes de disparar.
- Tens de fazer o mesmo, - respondeu Nasrudin - se fechas os dois olhos não verás nada.
(Fonte Wikipedia)
Nasrudin (também chamado Nasreddin, Nasr ud - Din, Nasredin, Naseeruddin Nasruddin, Nasr Eddin, Nastradhin, Nasreddine, Nastratin e Nusrettin Joha, Mullá Nasrudin, Hodja, entre outros nomes) é um personagem de histórias de humor disseminadas pela tradição Sufi. Uma de suas características centrais é encarnar, ao mesmo tempo, as qualidades de sábio e de tolo. Outro traço do personagem é se valer da própria tolice para dizer verdades, como acontecia com a figura medieval do Bobo da Corte.
As histórias de Nasrudin têm forma de anedotas e há quem diga que devem ser contadas de sete em sete. Frequentemente, Nasrudin é comparado a personagens de outras culturas como é o caso de Pedro Malazartes no Brasil.
Sua origem é polêmica. Para muitos, Nasrudin é turco. Mas há quem diga que o personagem é afegão ou grego. Há, ainda, outras divergências em torno de sua história. Seria Nasrudin apenas um personagem criado pelos sufis como ferramenta de disseminação de ensinamentos por meio do humor? Ou teria havido, na Idade Média, um mestre sufi que inspirou todas essas histórias? Que aparência teria ele? de um homem velho ou de um homem novo?
Segundo os sufis, nada disso é importante. "Esses contos dão forma a um sistema completo de pensamento que age em níveis de profundidade tão diversos que não pode ser totalmente extinto", diz o prefácio ao livro Histórias de Nasrudin editado pela Edições Dervish.
7 de novembro de 2011
Workshop de DANÇA RODOPIANTE SUFI em LISBOA e COIMBRA 19 e 20 Nov 2011
Oceanos de Misericórdia. Sufismo em Portugal: Workshops de DANÇA RODOPIANTE SUFI em LISBOA e COI...: اعوذ بالله من الشّيطان الرّجيم ، بسم الله الرّحمان الرّحيم INSCRIÇÃO GRATUITA inscrições: latifrabbani@gmail.com LISBOA - Sábado 19 de No...
2 de novembro de 2011
21 de outubro de 2011
Sheikh Hassan Dyck - Cello Melodie
Sheik Hassan Dyck aborda o mundo através da sabedoria Sufi e também através de uma janela para a beleza divina: a música.
"Há uma música, digamos, no mundo invisível. Pode dizer-se que uma música universal ou música angelical. Mas só alguns podem ouvir, aqueles com o coração completamente puro. "
Celebra o humor como "um dos atributos mais belos de Deus".
Cello Melody (lyrics of a song by Shaykh Hasan of Germany)
People travel north, south, east and west only as a guest
'til one day they ride in the black car with flowers having lost all their powers
they call me to play for their ceremony at the cemetary
When they let the coffin in the ground I start my sound
with ta mellow cello-melody at the cemetary
Are you waiting for the black cadillac?
Even if there was a multi-millionaire the'd bring him here
In his life he was too much troubled how his money could be doubled
His mind never rested day or night until he died
When they let the coffin in the ground I start my sound
With a mellow cello-melody at the cemetary
Are you waiting for the black cadillac?
Too many people don't like to stay bound their feet on the ground
they'll do anything in order to fly except asking why
body-motors burning out from so much speed but they pay no heed ...
When they let the coffin in the ground I start my sound
with ta mellow cello-melody at the cemetary
Are you waiting for the black cadillac?
If I have enough for my daily life for what more do I strive ?
Maybe today, maybe tomorrow all my friends will be in sorrow
'cause they closed my coffin with nails everywhere I can't escape from there
When they let my coffin in the ground who will start my sound with a mellow cello-melody at the cemetary ? ...
I'm waiting for the black cadillac
"Há uma música, digamos, no mundo invisível. Pode dizer-se que uma música universal ou música angelical. Mas só alguns podem ouvir, aqueles com o coração completamente puro. "
Celebra o humor como "um dos atributos mais belos de Deus".
Cello Melody (lyrics of a song by Shaykh Hasan of Germany)
People travel north, south, east and west only as a guest
'til one day they ride in the black car with flowers having lost all their powers
they call me to play for their ceremony at the cemetary
When they let the coffin in the ground I start my sound
with ta mellow cello-melody at the cemetary
Are you waiting for the black cadillac?
Even if there was a multi-millionaire the'd bring him here
In his life he was too much troubled how his money could be doubled
His mind never rested day or night until he died
When they let the coffin in the ground I start my sound
With a mellow cello-melody at the cemetary
Are you waiting for the black cadillac?
Too many people don't like to stay bound their feet on the ground
they'll do anything in order to fly except asking why
body-motors burning out from so much speed but they pay no heed ...
When they let the coffin in the ground I start my sound
with ta mellow cello-melody at the cemetary
Are you waiting for the black cadillac?
If I have enough for my daily life for what more do I strive ?
Maybe today, maybe tomorrow all my friends will be in sorrow
'cause they closed my coffin with nails everywhere I can't escape from there
When they let my coffin in the ground who will start my sound with a mellow cello-melody at the cemetary ? ...
I'm waiting for the black cadillac
5 de outubro de 2011
Oceanos de Misericórdia. Sufismo em Portugal: Dhikr em Lisboa, sexta-feira dia 7 de Outubro às 2...
Oceanos de Misericórdia. Sufismo em Portugal: Dhikr em Lisboa, sexta-feira dia 7 de Outubro às 2...: اعوذ بالله من الشّيطان الرّجيم ، بسم الله الرّحمان الرّحيم Participação livre e gratuita É favor confirmar a presença: latifrabbani@gmail....
30 de agosto de 2011
29 de agosto de 2011
15 de julho de 2011
Um Certo Oriente, Kabul, Afghanistan - António Rodrigues
Um Certo Oriente
Kabul, Afghanistan
http://umcertoriente.blogspot.com/
"António Rodrigues
Um humilde criador de escrita que, oxalá assim suceda, inspirado pelo seu Senhor, procurará insistir fazer da sua pena um motivo de agradável interesse, tecendo as suas histórias com saber, precisão e autenticidade, exaltando as forças ascendentes do trabalho, do amor, da tolerância, do ecumenismo, da revolta contra o não-sentido, da beleza e da fé. Insha’Allah. Masha’Allah. Thank you for visiting this site. Feel free to leave a comment. Thank you. Shukran.شكراً "
Caravanserai - Blaine Ellis
Caravanserai
Central Turkey
(http://archnet.org/library/webpages/blaineellis/images/21.jpg)
"In the tradition of sacred architecture, light has been a symbol of the transcendent, a metaphor for the unknowable. Sacred space becomes a visual theology, a sculpture in light that I then re-interpret through the medium of photography. These images in silver become a meditation that expresses man attempts at self-definition through matter, form and luminosity."
All photographs displayed on this page are copyrighted by Blaine Ellis, rbinsf@earthlink.net.
NOTA
A caravansary, or khan, also known as caravansara or caravanserai in English (Persian: كاروانسرا kārvānsarā, Turkish: kervansaray) was a roadside inn where travelers could rest and recover from the day's journey. Caravansaries supported the flow of commerce, information, and people across the network of trade routes covering Asia, North Africa, and South-Eastern Europe, especially along the Silk Road.
(http://en.wikipedia.org/wiki/Caravanserai )
Central Turkey
(http://archnet.org/library/webpages/blaineellis/images/21.jpg)
"In the tradition of sacred architecture, light has been a symbol of the transcendent, a metaphor for the unknowable. Sacred space becomes a visual theology, a sculpture in light that I then re-interpret through the medium of photography. These images in silver become a meditation that expresses man attempts at self-definition through matter, form and luminosity."
All photographs displayed on this page are copyrighted by Blaine Ellis, rbinsf@earthlink.net.
NOTA
A caravansary, or khan, also known as caravansara or caravanserai in English (Persian: كاروانسرا kārvānsarā, Turkish: kervansaray) was a roadside inn where travelers could rest and recover from the day's journey. Caravansaries supported the flow of commerce, information, and people across the network of trade routes covering Asia, North Africa, and South-Eastern Europe, especially along the Silk Road.
(http://en.wikipedia.org/wiki/Caravanserai )
Ordem Sufi Naqshbandi em Portugal
Site da Ordem Sufi Naqshbandi em Portugal
Dedicado a Mawlana Shaykh Nazim al-Haqqani ar-Rabbani, Mestre vivente da Ordem Sufi Naqshbandi-Haqqani.
http://oceanosdemisericordia.blogspot.com/
"O objetivo no dhikr é que o coração esteja sempre consciente de al-Haqq [O Verdadeiro, um dos Nomes de Allâh], para que sua prática expulse a desatenção."
Shah Bahauddin Naqshband
A UNIDADE PARA ALÉM DA DUALIDADE. ELE É O TUDO EM TUDO. Primeira Parte
Alguém acha que o oceano seja somente o que aparece na sua superfície? Olhando para as suas gradações de cor e os seus movimentos, um olhar agudo pode descobrir as indicações para conhecer as insondáveis profundidades desse oceano A misericórdia e a piedade Divina são um oceano sem limites que oferece uma infinita variedade de olhares a quem navega na sua superfície; mas o maior estupor tal como a maior satisfação são destinados àquelas “criaturas do mar” cujo elemento constitutivo e natural se tornou na Misericórdia Divina. O Senhor chama-nos ao Amor Divino através duma atracção inata que reside nos nossos corações. Ele chama-nos a um Amor que pode ser reconhecido e compreendido directamente como Amor Divino por alguns, enquanto os outros experimentam-no indirectamente, como Amor para as Suas criaturas e para a criação toda. De qualquer forma, as rédeas dos nossos corações levam-nos para aqueles Oceanos de Misericórdia, tal como o nosso corpo físico sente a atracção do mar quando o mar estiver calmo. Através da revelação dos textos sagrados, e graças ao exemplo mostrado pelos Profetas e pelos Santos, todos os seres humanos são em contacto com estes oceanos. Para o homem estas revelações constituem navios, ou manuais de instruções para a construção e a manutenção dos navios que atravessam os vastos mares. Mas para aqueles que sabem ler entrelinhas, uma grande revelação surge: nós pertencemos a esse mar, o nosso lugar, a nossa casa está nas suas profundezas, não na superfície [continua]
Este discurso foi publicado em inglês no livro "Mercy Oceans" de Mawlana Shaykh Nazim
Dedicado a Mawlana Shaykh Nazim al-Haqqani ar-Rabbani, Mestre vivente da Ordem Sufi Naqshbandi-Haqqani.
http://oceanosdemisericordia.blogspot.com/
"O objetivo no dhikr é que o coração esteja sempre consciente de al-Haqq [O Verdadeiro, um dos Nomes de Allâh], para que sua prática expulse a desatenção."
Shah Bahauddin Naqshband
A UNIDADE PARA ALÉM DA DUALIDADE. ELE É O TUDO EM TUDO. Primeira Parte
Alguém acha que o oceano seja somente o que aparece na sua superfície? Olhando para as suas gradações de cor e os seus movimentos, um olhar agudo pode descobrir as indicações para conhecer as insondáveis profundidades desse oceano A misericórdia e a piedade Divina são um oceano sem limites que oferece uma infinita variedade de olhares a quem navega na sua superfície; mas o maior estupor tal como a maior satisfação são destinados àquelas “criaturas do mar” cujo elemento constitutivo e natural se tornou na Misericórdia Divina. O Senhor chama-nos ao Amor Divino através duma atracção inata que reside nos nossos corações. Ele chama-nos a um Amor que pode ser reconhecido e compreendido directamente como Amor Divino por alguns, enquanto os outros experimentam-no indirectamente, como Amor para as Suas criaturas e para a criação toda. De qualquer forma, as rédeas dos nossos corações levam-nos para aqueles Oceanos de Misericórdia, tal como o nosso corpo físico sente a atracção do mar quando o mar estiver calmo. Através da revelação dos textos sagrados, e graças ao exemplo mostrado pelos Profetas e pelos Santos, todos os seres humanos são em contacto com estes oceanos. Para o homem estas revelações constituem navios, ou manuais de instruções para a construção e a manutenção dos navios que atravessam os vastos mares. Mas para aqueles que sabem ler entrelinhas, uma grande revelação surge: nós pertencemos a esse mar, o nosso lugar, a nossa casa está nas suas profundezas, não na superfície [continua]
Este discurso foi publicado em inglês no livro "Mercy Oceans" de Mawlana Shaykh Nazim
13 de julho de 2011
O Sufismo e a Mulher II
Fonte: http://www.sufism.org/society/articles/women.html
Women & Sufism
Camille Adams Helminski
Since the beginning of consciousness, human beings, both female and male, have walked the path of reunion with the Source of Being. Though in this world of duality we may find ourselves in different forms, ultimately there is no male or female, only Being. Within the Sufi traditions, the recognition of this truth has encouraged the spiritual maturation of women in a way that has not always been possible in the West.
From the earliest days onward, women have played an important role in the development of Sufism, which is classically understood to have begun with the Prophet Muhammad. Muhammad brought a message of integration of spirit and matter, of essence and everyday life, of recognition of the feminine as well as the masculine. Though cultural manifestations have covered over some of the original purity of intention, the words of the Qur'an convey the equality of women and men before the eyes of God. At a time when the goddess-worshiping Arabian tribes were still quite barbaric, even burying infant girls alive in favor of male offspring, this new voice of the Abrahamic tradition attempted to reestablish the recognition of the Unity of Being. It tried to address the imbalances that had arisen, advising respect and honor for the feminine as well as for the graciousness and harmony of nature.
In the early years of this new revelation, Muhammad's beloved wife, Khadija, filled a role of great importance. It was she who sustained, strengthened, and supported him against his own doubt and bewilderment. She stood beside him in the midst of extreme difficulty and anguish and helped carry the light of the new faith. It was to Muhammad's and Khadija's daughter, Fatimah, to whom the deeper mystical understanding of Islam was first conveyed, and indeed she is often recognized as the first Muslim mystic. Her marriage with Ali bound this new manifestation of mysticism into this world, and the seeds of their union began to blossom.
As the mystical side of Islam developed, it was a woman, Rabi'a al-Adawiyya (717-801 A.D.), who first expressed the relationship with the divine in a language we have come to recognize as specifically Sufic by referring to God as the Beloved. Rabi'a was the first human being to speak of the realities of Sufism with a language that anyone could understand. Though she experienced many difficulties in her early years, Rabi'a's starting point was neither a fear of hell nor a desire for paradise, but only love. "God is God," she said, "for this I love God... not because of any gifts, but for Itself." Her aim was to melt her being in God. According to her, one could find God by turning within oneself. As Muhammad said, "He who knows himself knows his Lord." Ultimately it is through love that we are brought into the unity of Being.
Throughout the centuries, women as well as men have continued to carry the light of this love. For many reasons, women have often been less visible and less outspoken than men, but nevertheless they have been active participants. Within some Sufi circles, women were integrated with men in ceremonies; in other orders, women gathered in their own circles of remembrance and worshiped apart from men. Some women devoted themselves to Spirit ascetically, apart from society, as Rabi'a did; others chose the role of benefactress and fostered circles of worship and study. Many of the great masters with whom we in the West are familiar had female teachers, students, and spiritual friends who greatly influenced their thought and being. And wives and mothers gave support to their family members while continuing their own journey towards union with the Beloved.
Ibn Arabi, the great "Pole of Knowledge" (1165-1240 A.D.), tells of time he spent with two elderly women mystics who had a profound influence on him: Shams of Marchena, one of the "sighing ones," and Fatimah of Cordova. Of Fatimah, with whom he spent a great deal of time, he says:
"I served as a disciple one of the lovers of God, a gnostic, a lady of Seville called Fatimah bint Ibn al-Muthanna of Cordova. I served her for several years, she being over ninety-five years of age... She used to play on the tambourine and show great pleasure in it. When I spoke to her about it she answered, 'I take joy in Him Who has turned to me and made me one of His Friends (Saints), using me for His own purposes. Who am I that He should choose me among mankind? He is jealous of me for, whenever I turn to something other than Him in heedlessness, He sends me some affliction concerning that thing.'... With my own hands I built for her a hut of reeds as high as she, in which she lived until she died. She used to say to me, 'I am your spiritual mother and the light of your earthly mother.' When my mother came to visit her, Fatimah said to her, 'O light, this is my son and he is your father, so treat him filially and dislike him not.'1
When Bayazid Bestami (d. 874), another well-known master, was asked who his master was, he said it was an old woman whom he had met in the desert. This woman had called him a vain tyrant and shoed him why: bey requiring a lion to carry a sack of flour, he was oppressing a creature God himself had left unburdened, and by wanting recognition for such miracles, he was showing his vanity. Her words gave him spiritual guidance for some time.
Another woman for whom Bestami had great regard was Fatimah Nishapuri (d. 838), of whom he said, "There was no station (on the Way) about which I told her that she had not already undergone." Someone once asked the great Egyptian Sufi master Dho'n-Nun Mesri, "Who, in your opinion, is the highest among the Sufis?" He replied, "A lady in Mecca, called Fatimah Nishapuri, whose discourse displayed a profound apprehension of the inner meanings of the Qur'an." Further pressed to comment on Fatimah, he added, "She is of the saints of God, and my teacher." She once counseled him, "In all your actions, watch that you act with sincerity and in opposition to your lower self (nafs(." She also said: "Whoever doesn't have God in his consciousness is erring and in delusion, whatever language he speaks, whatever company he keeps. Yet whoever holds God's company never speaks except with sincerity and assiduously adheres to a humble reserve and earnest devotion in his conduct."2
The wife of the ninth-century Sufi Al-Hakim at-Tirmidhi was a mystic in her own right. She used to dream for her husband as well as for herself. Khidr, the mysterious one, would appear to her in her dreams. One night he told her to tell her husband to guard the purity of his house. Concerned that perhaps Khidr was referring to the lack of cleanliness that sometimes occurred because of their young children, she questioned him in her dream. He responded by pointing to his tongue: she was to tell her husband to be mindful of the purity of his speech.
Among the women who followed the Way of Love and Truth, there were some who rejoiced and some who continually wept. Sha'wana, a Persian, was one of those who wept. Men and women gathered around her to hear her songs and discourses. She used to say, "The eyes which are prevented from beholding the Beloved, and yet are desirous of looking upon Him, cannot be fit for that vision without weeping." Sha'wana was not only "blinded by tears of penitence, but dazzled by the radiant glory of the Beloved."3 During her life she experienced intimate closeness with Friend, or God. This profoundly influenced her devout husband and her son (who became a saint himself). She became one of the best-known teachers of her time.
One of those who rejoiced was Fedha, who was also a married woman. She taught that "joy of heart should be happiness based on what we inwardly sense; therefore we should always strive to rejoice within our heart, till everyone around us also rejoices."4
For the most part, the words of women in Sufism that remain from centuries past come from traditional accounts of their comments or from poems that developed around their words. Though the Qur'an strongly encourages education for women as well as men, women sometimes received fewer opportunities for instruction than men in similar circumstances. In this article I will not attempt to address the evolving role of women in exoteric Islam, as it is varied and complex. We must recognize, though that women in general around the world have often faced prejudicial treatment because of their gender. Within Islamic society as well as within our own, difficult treatment of women has occurred -- in some cases obvious, in some cases insidious. Though local cultural overlays and male-dominated Islamic jurisprudence may have increased restrictions on women in various areas, the Qur'an basically enjoins mutual respect and valuation of the human being regardless of sex or social situation. Within Sufism, this more essential Qur'anic attitude has prevailed.
Furthermore, the cultures in which Sufism existed tended to convey more material orally than in written form, and women in particular may have had less of a tendency to write, preferring instead to simply live their experience. Nevertheless there were women who did write of their mystical experience in songs, in journals, and in critical exposition. As Western scholarship translates more of these works, more of the story of Sufism is becoming accessible to us.
As this story unfolds, we are discovering the lives and work of many Sufi sisters. Among these was Fatimah or Jahan-Ara, the favorite daughter of Shah Jahan, the Mogul emperor of India (1592-1666). Fatimah wrote an account of her initiation called Risala-i Sahibiyya, which is known as a beautiful and erudite exposition of the flowering of Sufism within her heart.
Aisha of Damascus was one of the well-known mystics of the fifteenth century. She wrote a famous commentary of Khwaja 'Abdo'llah Ansari's Stations on the Way (Manazel as-sa'erin) entitled Veiled Hints within the stations of the Saints (Al-esharat al-khafiys fi'l-manazel al-auliya').5 Bib Hayati Kermani belonged to a family immersed in the Sufi tradition. Her brother was a shaikh of the Nimatullahi Order, and she became the wife of the master of the order. After her marriage, she composed a divan (collection of poems) that revealed her integration of both the outer and the inner knowledge of Sufism.
Among the Bektashis, an order in which women have always been integrated with men in ceremonies, many women have continued the tradition of composing sacred songs (illahis). In 1987, a songbook entitled Gul Deste ("A Bouquet of Roses") was published in Turkey. It brings together sacred hymns written by women and men of the Bektashi tradition from the nineteenth century to the present.
Sufi women around the world today continue to teach and share their experience personally as well as in written form. In the Sudan, for instance, there continue to be shaikhas (female shaikhs) who are particularly adept in the healing arts. In the Middle East, women continue to mature in many Sufi orders. In Turkey in particular, the teachings continue through women as well as men, perhaps even more so now than in the past because of Ataturk's proscription of the sufi orders early in the century, which drove much of Sufi practice into private homes. One luminous lady, Feriha Ana, carried the Rifai tradition in Istanbul until her recent death; Zeyneb Hatun of Ankara continues to inspire people in Turkey and abroad with her poems and songs.
In central Turkey, the mother of a friend of ours one day heard someone knocking and answered her door. A man stood at her threshold with a message. He had come to ask her to lead a Naqshbandi women's circle. He explained that his shaikh, who lived quite a distance away, had seen her in a dream and had sent him to the place that had been indicated. When she protested that she did not know his shaikh and felt inadequate for such a responsibility, the man replied, "Do not worry. Our shaikh has seen your purity. He says that whenever you have a question you should hold that question in your heart, and in your dreams he will bring you the answer." Thus began her apprenticeship.
Sufi schools spread from the Middle East to Europe long ago, and new waves continue to arrive. Irina Tweedie, author of Daughter of Fire, recently conveyed an Indian branch of the Naqshbandi line back to her native England. Her work is being continued here in America through the Golden Sufi Center of California.
A popular strain of Sufism that has been very welcoming of women is the Chishti Order, which was brought to America by Hazrat Inayat Khan. Of the many women involved, Murshida Vera Corda is perhaps the best-known; her work with children in particular has been a great inspiration to many parents.
One branch of Sufism that has become better-known in the West in recent years is the Mevlevi. Within this tradition, which was founded upon the example of Mevlâna Jalâluddîn Rumi, women have always been deeply respected, honored, and invited to participate in all aspects of the spiritual path. Rumi's family itself had a long tradition of recognizing the spiritual beauty and wisdom of women. It was his grandmother, the princess of Khorasan, who first lit the spark of inquiry in Rumi's father, Bahaeddin Weled. Under her care, he grew to be the "sultan of the learned" and a great spiritual light in his time. Rumi's mother, Mu'mine Hatun, a devout and saintly lady, was very dear to him. She died shortly after Rumi's own marriage to Gevher Hatun, the daughter of one of Bahaeddin's closest disciples. Gevher Hatun had grown up beside Rumi, listening to his father's discourses. This beautiful woman, who was known to have the heart of an angel, was the mother of Sultan Weled, to whom Rumi's own teacher, Shams-i-tabriz, conveyed many mysteries. In his Conversations (Maqalat), Shams himself stressed the equal capacity of women to be intimate with the Ineffable and to "die before death."
Mevlevi shaikhas have often guided both women and men. Rumi had many female disciples, and women were also encouraged to participate in sema, the musical whirling ceremony of the Mevlevis. (Women usually had their own semas, though they sometimes performed together with men.) One of Rumi's chief disciples was Fakhr an-Nisa, known as "the Rabi'a of her age." In recent years, seven centuries after her death, it was decided to reconstruct her tomb. Shaikh Suleyman Hayati Dede, who was then the acting spiritual head of the Mevlevi Order, was asked to be present when she was exhumed. He later told of how, when her body was uncovered, it was totally intact and the fragrance of roses filled the air.
Of course such women have always existed and have brought much light into this world; one might ask how anyone could think otherwise. Unfortunately, in many parts of the world and many spiritual traditions, this has been questioned. Within Sufism, however, women and men have always been respected as equals on the spiritual path. Everyone is expected to establish his or her own direct connection with the divine, and women are no different from men in this capacity.
Within Sufism, the language of the Beloved and the recognition of the feminine helps to balance some of the old cultural stereotypes that were sometimes used in expository writing and which the Western media have chosen to highlight. Rumi often speaks beautifully of the feminine, presenting woman as the most perfect example of God's creative power on earth. As he says in the Mathnawi, "Woman is a ray of God. She is not just the earthly beloved; she is creative, not created."
It is precisely this creativity and capacity for love and relationship that suits women so well for the Sufi way of opening to relationship with the divine. As we come to recognize the magnificence of the benevolent Source of Life, we can come to see ourselves in harmony with it. Each surah (chapter) of the Qur'an begins with Bismillah ar-Rahman ar-Rahim, which means "In the name of God, the Beneficent, the Merciful." Rahman speaks to the fundamental beneficence inherent in the divine nature, Rahim to the particular mercy that manifests. Both words come from the same root, which is the word for "womb." God's mercy and benevolence is always emphasized as being greater than His wrath; the encompassing generosity and nurturance of the divine is the milieu in which we live.
As women, we come from the womb and carry the womb. We give birth from the womb and can find ourselves born into the womb of Being. Mary, the mother of Jesus, is very much revered in Sufism and Islam as an example of one who continually took refuge with the divine and opened to receive divine inspiration within the womb of her being. As women, we have great capacity for patience, for nurturing, for love. A contemporary male Sufi teacher once described an ideal guide as one who is like a mother -- one who is always there, without demands, willing to instruct and set limits, but also willing to stay up all night to nurse a suffering child.
Sufism recognizes that committed relationship and family are not contrary to the flowering of spirituality, but rather are wonderful vessels for spiritual ripening. The beauty of partnership, children and family are great blessings, containing the inspiration, the breathing in, of the divine. As we deepen our capacity for relationship and fidelity in the human sphere, we also increase our capacity for relationship with God.
We need to stand together in the light. The way is opening in our own time for greater recognition of equal partnership. We have much to learn form each other, and male and female need to recognize each other so that we can come to balance within ourselves as well as creating balance outwardly in the world. The male attributes of strength and determination also belong to women; the feminine attributes of receptivity and beauty also belong to men. As we look to the divine in each other, encouraging each other to rise to the fullness of is or her own divine nature, we push against our limitations until they dissolve and a gift unfolds. As we learn to witness the miracle of creation, a time comes when "wheresoever you look, there is the Face of God; everything is perishing except the One Face."
Whether we choose celibacy or committed partnership, whether we are female or male, the same work remains of polishing the mirror of the heart, of being in remembrance moment by moment, breath by breath. Each moment we reaffirm the inner marriage until there is no longer lover or Beloved but only Unity of Being. Little by little, we die to what we thought we were. We are dissolved into Love, and we become love, God willing. As Rabi'a says:
In love, nothing exists between breast and Breast.
Speech is born out of longing,
True description from the real taste.
The one who tastes, knows;
The one who explains, lies.
How can you describe the true form of Something
In whose presence you are blotted out?
And in whose being you still exist?
And who lives as a sign for your journey?6
1Ibn 'Arabi, Sufis of Andalusia, tr. R.W.J. Austin (Sherborne, Gloucestershire: Beshara Publications, 1988), pp. 25-26
2Javad Nurbakhsh, Sufi Women, tr. Leonard Lewisohn (London: Khaniqah-Nimatullahi Publications, 1990), p. 162
3Margaret Smith, Rabi'a the Mystic and Her Fellow Saints in Islam (San Francisco: Rainbow Press, 1977 [1928]), pp. 146, 148
4Nurbakhsh, p. 165
5Ibid., p. 147
6Charles Upton, Doorkeeper of the Heart: Versions of Rabi'a (Putney, VT: Threshold Books, 1988), p. 36
This article first appeared in Gnosis #30 (Winter 1994).
A copy of the issue is available for $9 postpaid from Gnosis, P.O. Box 14217, San Francisco, CA 94114.
Camille Adams Helminski
Since the beginning of consciousness, human beings, both female and male, have walked the path of reunion with the Source of Being. Though in this world of duality we may find ourselves in different forms, ultimately there is no male or female, only Being. Within the Sufi traditions, the recognition of this truth has encouraged the spiritual maturation of women in a way that has not always been possible in the West.
From the earliest days onward, women have played an important role in the development of Sufism, which is classically understood to have begun with the Prophet Muhammad. Muhammad brought a message of integration of spirit and matter, of essence and everyday life, of recognition of the feminine as well as the masculine. Though cultural manifestations have covered over some of the original purity of intention, the words of the Qur'an convey the equality of women and men before the eyes of God. At a time when the goddess-worshiping Arabian tribes were still quite barbaric, even burying infant girls alive in favor of male offspring, this new voice of the Abrahamic tradition attempted to reestablish the recognition of the Unity of Being. It tried to address the imbalances that had arisen, advising respect and honor for the feminine as well as for the graciousness and harmony of nature.
In the early years of this new revelation, Muhammad's beloved wife, Khadija, filled a role of great importance. It was she who sustained, strengthened, and supported him against his own doubt and bewilderment. She stood beside him in the midst of extreme difficulty and anguish and helped carry the light of the new faith. It was to Muhammad's and Khadija's daughter, Fatimah, to whom the deeper mystical understanding of Islam was first conveyed, and indeed she is often recognized as the first Muslim mystic. Her marriage with Ali bound this new manifestation of mysticism into this world, and the seeds of their union began to blossom.
As the mystical side of Islam developed, it was a woman, Rabi'a al-Adawiyya (717-801 A.D.), who first expressed the relationship with the divine in a language we have come to recognize as specifically Sufic by referring to God as the Beloved. Rabi'a was the first human being to speak of the realities of Sufism with a language that anyone could understand. Though she experienced many difficulties in her early years, Rabi'a's starting point was neither a fear of hell nor a desire for paradise, but only love. "God is God," she said, "for this I love God... not because of any gifts, but for Itself." Her aim was to melt her being in God. According to her, one could find God by turning within oneself. As Muhammad said, "He who knows himself knows his Lord." Ultimately it is through love that we are brought into the unity of Being.
Throughout the centuries, women as well as men have continued to carry the light of this love. For many reasons, women have often been less visible and less outspoken than men, but nevertheless they have been active participants. Within some Sufi circles, women were integrated with men in ceremonies; in other orders, women gathered in their own circles of remembrance and worshiped apart from men. Some women devoted themselves to Spirit ascetically, apart from society, as Rabi'a did; others chose the role of benefactress and fostered circles of worship and study. Many of the great masters with whom we in the West are familiar had female teachers, students, and spiritual friends who greatly influenced their thought and being. And wives and mothers gave support to their family members while continuing their own journey towards union with the Beloved.
Ibn Arabi, the great "Pole of Knowledge" (1165-1240 A.D.), tells of time he spent with two elderly women mystics who had a profound influence on him: Shams of Marchena, one of the "sighing ones," and Fatimah of Cordova. Of Fatimah, with whom he spent a great deal of time, he says:
"I served as a disciple one of the lovers of God, a gnostic, a lady of Seville called Fatimah bint Ibn al-Muthanna of Cordova. I served her for several years, she being over ninety-five years of age... She used to play on the tambourine and show great pleasure in it. When I spoke to her about it she answered, 'I take joy in Him Who has turned to me and made me one of His Friends (Saints), using me for His own purposes. Who am I that He should choose me among mankind? He is jealous of me for, whenever I turn to something other than Him in heedlessness, He sends me some affliction concerning that thing.'... With my own hands I built for her a hut of reeds as high as she, in which she lived until she died. She used to say to me, 'I am your spiritual mother and the light of your earthly mother.' When my mother came to visit her, Fatimah said to her, 'O light, this is my son and he is your father, so treat him filially and dislike him not.'1
When Bayazid Bestami (d. 874), another well-known master, was asked who his master was, he said it was an old woman whom he had met in the desert. This woman had called him a vain tyrant and shoed him why: bey requiring a lion to carry a sack of flour, he was oppressing a creature God himself had left unburdened, and by wanting recognition for such miracles, he was showing his vanity. Her words gave him spiritual guidance for some time.
Another woman for whom Bestami had great regard was Fatimah Nishapuri (d. 838), of whom he said, "There was no station (on the Way) about which I told her that she had not already undergone." Someone once asked the great Egyptian Sufi master Dho'n-Nun Mesri, "Who, in your opinion, is the highest among the Sufis?" He replied, "A lady in Mecca, called Fatimah Nishapuri, whose discourse displayed a profound apprehension of the inner meanings of the Qur'an." Further pressed to comment on Fatimah, he added, "She is of the saints of God, and my teacher." She once counseled him, "In all your actions, watch that you act with sincerity and in opposition to your lower self (nafs(." She also said: "Whoever doesn't have God in his consciousness is erring and in delusion, whatever language he speaks, whatever company he keeps. Yet whoever holds God's company never speaks except with sincerity and assiduously adheres to a humble reserve and earnest devotion in his conduct."2
The wife of the ninth-century Sufi Al-Hakim at-Tirmidhi was a mystic in her own right. She used to dream for her husband as well as for herself. Khidr, the mysterious one, would appear to her in her dreams. One night he told her to tell her husband to guard the purity of his house. Concerned that perhaps Khidr was referring to the lack of cleanliness that sometimes occurred because of their young children, she questioned him in her dream. He responded by pointing to his tongue: she was to tell her husband to be mindful of the purity of his speech.
Among the women who followed the Way of Love and Truth, there were some who rejoiced and some who continually wept. Sha'wana, a Persian, was one of those who wept. Men and women gathered around her to hear her songs and discourses. She used to say, "The eyes which are prevented from beholding the Beloved, and yet are desirous of looking upon Him, cannot be fit for that vision without weeping." Sha'wana was not only "blinded by tears of penitence, but dazzled by the radiant glory of the Beloved."3 During her life she experienced intimate closeness with Friend, or God. This profoundly influenced her devout husband and her son (who became a saint himself). She became one of the best-known teachers of her time.
One of those who rejoiced was Fedha, who was also a married woman. She taught that "joy of heart should be happiness based on what we inwardly sense; therefore we should always strive to rejoice within our heart, till everyone around us also rejoices."4
For the most part, the words of women in Sufism that remain from centuries past come from traditional accounts of their comments or from poems that developed around their words. Though the Qur'an strongly encourages education for women as well as men, women sometimes received fewer opportunities for instruction than men in similar circumstances. In this article I will not attempt to address the evolving role of women in exoteric Islam, as it is varied and complex. We must recognize, though that women in general around the world have often faced prejudicial treatment because of their gender. Within Islamic society as well as within our own, difficult treatment of women has occurred -- in some cases obvious, in some cases insidious. Though local cultural overlays and male-dominated Islamic jurisprudence may have increased restrictions on women in various areas, the Qur'an basically enjoins mutual respect and valuation of the human being regardless of sex or social situation. Within Sufism, this more essential Qur'anic attitude has prevailed.
Furthermore, the cultures in which Sufism existed tended to convey more material orally than in written form, and women in particular may have had less of a tendency to write, preferring instead to simply live their experience. Nevertheless there were women who did write of their mystical experience in songs, in journals, and in critical exposition. As Western scholarship translates more of these works, more of the story of Sufism is becoming accessible to us.
As this story unfolds, we are discovering the lives and work of many Sufi sisters. Among these was Fatimah or Jahan-Ara, the favorite daughter of Shah Jahan, the Mogul emperor of India (1592-1666). Fatimah wrote an account of her initiation called Risala-i Sahibiyya, which is known as a beautiful and erudite exposition of the flowering of Sufism within her heart.
Aisha of Damascus was one of the well-known mystics of the fifteenth century. She wrote a famous commentary of Khwaja 'Abdo'llah Ansari's Stations on the Way (Manazel as-sa'erin) entitled Veiled Hints within the stations of the Saints (Al-esharat al-khafiys fi'l-manazel al-auliya').5 Bib Hayati Kermani belonged to a family immersed in the Sufi tradition. Her brother was a shaikh of the Nimatullahi Order, and she became the wife of the master of the order. After her marriage, she composed a divan (collection of poems) that revealed her integration of both the outer and the inner knowledge of Sufism.
Among the Bektashis, an order in which women have always been integrated with men in ceremonies, many women have continued the tradition of composing sacred songs (illahis). In 1987, a songbook entitled Gul Deste ("A Bouquet of Roses") was published in Turkey. It brings together sacred hymns written by women and men of the Bektashi tradition from the nineteenth century to the present.
Sufi women around the world today continue to teach and share their experience personally as well as in written form. In the Sudan, for instance, there continue to be shaikhas (female shaikhs) who are particularly adept in the healing arts. In the Middle East, women continue to mature in many Sufi orders. In Turkey in particular, the teachings continue through women as well as men, perhaps even more so now than in the past because of Ataturk's proscription of the sufi orders early in the century, which drove much of Sufi practice into private homes. One luminous lady, Feriha Ana, carried the Rifai tradition in Istanbul until her recent death; Zeyneb Hatun of Ankara continues to inspire people in Turkey and abroad with her poems and songs.
In central Turkey, the mother of a friend of ours one day heard someone knocking and answered her door. A man stood at her threshold with a message. He had come to ask her to lead a Naqshbandi women's circle. He explained that his shaikh, who lived quite a distance away, had seen her in a dream and had sent him to the place that had been indicated. When she protested that she did not know his shaikh and felt inadequate for such a responsibility, the man replied, "Do not worry. Our shaikh has seen your purity. He says that whenever you have a question you should hold that question in your heart, and in your dreams he will bring you the answer." Thus began her apprenticeship.
Sufi schools spread from the Middle East to Europe long ago, and new waves continue to arrive. Irina Tweedie, author of Daughter of Fire, recently conveyed an Indian branch of the Naqshbandi line back to her native England. Her work is being continued here in America through the Golden Sufi Center of California.
A popular strain of Sufism that has been very welcoming of women is the Chishti Order, which was brought to America by Hazrat Inayat Khan. Of the many women involved, Murshida Vera Corda is perhaps the best-known; her work with children in particular has been a great inspiration to many parents.
One branch of Sufism that has become better-known in the West in recent years is the Mevlevi. Within this tradition, which was founded upon the example of Mevlâna Jalâluddîn Rumi, women have always been deeply respected, honored, and invited to participate in all aspects of the spiritual path. Rumi's family itself had a long tradition of recognizing the spiritual beauty and wisdom of women. It was his grandmother, the princess of Khorasan, who first lit the spark of inquiry in Rumi's father, Bahaeddin Weled. Under her care, he grew to be the "sultan of the learned" and a great spiritual light in his time. Rumi's mother, Mu'mine Hatun, a devout and saintly lady, was very dear to him. She died shortly after Rumi's own marriage to Gevher Hatun, the daughter of one of Bahaeddin's closest disciples. Gevher Hatun had grown up beside Rumi, listening to his father's discourses. This beautiful woman, who was known to have the heart of an angel, was the mother of Sultan Weled, to whom Rumi's own teacher, Shams-i-tabriz, conveyed many mysteries. In his Conversations (Maqalat), Shams himself stressed the equal capacity of women to be intimate with the Ineffable and to "die before death."
Mevlevi shaikhas have often guided both women and men. Rumi had many female disciples, and women were also encouraged to participate in sema, the musical whirling ceremony of the Mevlevis. (Women usually had their own semas, though they sometimes performed together with men.) One of Rumi's chief disciples was Fakhr an-Nisa, known as "the Rabi'a of her age." In recent years, seven centuries after her death, it was decided to reconstruct her tomb. Shaikh Suleyman Hayati Dede, who was then the acting spiritual head of the Mevlevi Order, was asked to be present when she was exhumed. He later told of how, when her body was uncovered, it was totally intact and the fragrance of roses filled the air.
Of course such women have always existed and have brought much light into this world; one might ask how anyone could think otherwise. Unfortunately, in many parts of the world and many spiritual traditions, this has been questioned. Within Sufism, however, women and men have always been respected as equals on the spiritual path. Everyone is expected to establish his or her own direct connection with the divine, and women are no different from men in this capacity.
Within Sufism, the language of the Beloved and the recognition of the feminine helps to balance some of the old cultural stereotypes that were sometimes used in expository writing and which the Western media have chosen to highlight. Rumi often speaks beautifully of the feminine, presenting woman as the most perfect example of God's creative power on earth. As he says in the Mathnawi, "Woman is a ray of God. She is not just the earthly beloved; she is creative, not created."
It is precisely this creativity and capacity for love and relationship that suits women so well for the Sufi way of opening to relationship with the divine. As we come to recognize the magnificence of the benevolent Source of Life, we can come to see ourselves in harmony with it. Each surah (chapter) of the Qur'an begins with Bismillah ar-Rahman ar-Rahim, which means "In the name of God, the Beneficent, the Merciful." Rahman speaks to the fundamental beneficence inherent in the divine nature, Rahim to the particular mercy that manifests. Both words come from the same root, which is the word for "womb." God's mercy and benevolence is always emphasized as being greater than His wrath; the encompassing generosity and nurturance of the divine is the milieu in which we live.
As women, we come from the womb and carry the womb. We give birth from the womb and can find ourselves born into the womb of Being. Mary, the mother of Jesus, is very much revered in Sufism and Islam as an example of one who continually took refuge with the divine and opened to receive divine inspiration within the womb of her being. As women, we have great capacity for patience, for nurturing, for love. A contemporary male Sufi teacher once described an ideal guide as one who is like a mother -- one who is always there, without demands, willing to instruct and set limits, but also willing to stay up all night to nurse a suffering child.
Sufism recognizes that committed relationship and family are not contrary to the flowering of spirituality, but rather are wonderful vessels for spiritual ripening. The beauty of partnership, children and family are great blessings, containing the inspiration, the breathing in, of the divine. As we deepen our capacity for relationship and fidelity in the human sphere, we also increase our capacity for relationship with God.
We need to stand together in the light. The way is opening in our own time for greater recognition of equal partnership. We have much to learn form each other, and male and female need to recognize each other so that we can come to balance within ourselves as well as creating balance outwardly in the world. The male attributes of strength and determination also belong to women; the feminine attributes of receptivity and beauty also belong to men. As we look to the divine in each other, encouraging each other to rise to the fullness of is or her own divine nature, we push against our limitations until they dissolve and a gift unfolds. As we learn to witness the miracle of creation, a time comes when "wheresoever you look, there is the Face of God; everything is perishing except the One Face."
Whether we choose celibacy or committed partnership, whether we are female or male, the same work remains of polishing the mirror of the heart, of being in remembrance moment by moment, breath by breath. Each moment we reaffirm the inner marriage until there is no longer lover or Beloved but only Unity of Being. Little by little, we die to what we thought we were. We are dissolved into Love, and we become love, God willing. As Rabi'a says:
In love, nothing exists between breast and Breast.
Speech is born out of longing,
True description from the real taste.
The one who tastes, knows;
The one who explains, lies.
How can you describe the true form of Something
In whose presence you are blotted out?
And in whose being you still exist?
And who lives as a sign for your journey?6
1Ibn 'Arabi, Sufis of Andalusia, tr. R.W.J. Austin (Sherborne, Gloucestershire: Beshara Publications, 1988), pp. 25-26
2Javad Nurbakhsh, Sufi Women, tr. Leonard Lewisohn (London: Khaniqah-Nimatullahi Publications, 1990), p. 162
3Margaret Smith, Rabi'a the Mystic and Her Fellow Saints in Islam (San Francisco: Rainbow Press, 1977 [1928]), pp. 146, 148
4Nurbakhsh, p. 165
5Ibid., p. 147
6Charles Upton, Doorkeeper of the Heart: Versions of Rabi'a (Putney, VT: Threshold Books, 1988), p. 36
This article first appeared in Gnosis #30 (Winter 1994).
A copy of the issue is available for $9 postpaid from Gnosis, P.O. Box 14217, San Francisco, CA 94114.
O Sufismo e a Mulher I
Fonte: http://flautamagica.blogspot.com/2006/09/o-papel-da-mulher-na-gnose-islmica.html
"Tuesday, September 19, 2006
O papel da mulher na Gnose Islâmica
O rosto mais visível da Gnose Islâmica é, historicamente, o do sufismo (tasawwuf), muito embora outras formas de esoterismo como este coexistam, nomeadamente, o das gnoses xiitas/ismaelitas.
O sufismo pressupõe uma via iniciática, que se exprime na confraria (tariqa), a qual assegura a manutenção de uma cadeia ininterrupta (silsila) de transmissão autêntica de conhecimento sapiencial, mediante o qual é propiciado o efeito irradiante do influxo espiritual (baraka).
O gnóstico (aquele que sabe, ‘arîf), corporiza em grau supremo, os ideais muçulmanos de santidade (walâya), de cavalaria espiritual (futuwwah) e de sageza (hikma). Assim, ao gnóstico pertence a beatitude (sakîna) de quem vive na paz de Deus (Allâh), sendo-lhe permitido, por isso, frequentar o Seu limiar.
As diversas confrarias sufis, que remontam a sua origem ao Profeta Maomé (Muhammad), baseiam-se na iniciação e ensinamento ministrados por cada mestre (shaykh) aos seus aprendizes (murîdûn).
No debate, por vezes demasiadamente apaixonado e parcial, sobre o verdadeiro estatuto da mulher nas sociedades islâmicas, são frequentemente veiculados estereótipos acerca da sua menorização, em todos aspectos da vida colectiva, o que inclui atribuir-se-lhe o baixo grau de protagonismo que, supostamente, teria, mesmo em matéria de religião.
Cumpre dizer-se que esse não é o caso em todas as sociedades islâmicas, nem tal deriva da exegese profunda dos princípios corânicos, devendo-se os fenómenos de distinção de estatuto, em função do género, quando existem, a factores puramente culturais.
Pelo contrário, a pregação de Maomé introduziu uma verdadeira revolução, em plena Idade Média, no que toca à mulher, atribuindo-lhe direitos (herança, divórcio, etc.) que o Ocidente cristão levaria séculos a reconhecer-lhe.
Disse Maomé, com efeito, segundo uma Tradição autêntica (hadith), dirigindo-se aos homens: “tendes direitos sobre as vossas mulheres e as vossas mulheres têm direitos sobre vós”.
Dito isto, será interessante observar-se, ainda que de modo muito perfunctório, o papel histórico da mulher na Gnose Islâmica, não deixando de notar-se, em relação à prática maçónica, que esta, ainda hoje, levanta fortes objecções, na maior parte das obediências, à participação feminina no processo iniciático.
Aquilo que a História nos mostra é que, desde os tempos mais recuados do Sufismo, as mulheres estão presentes nas cadeias espirituais esotéricas do Islão, acedendo ao Mestrado e sendo, elas próprias, frequentemente, as impulsionadoras de novos círculos e vias da Gnose.
Um dos exemplos mais conhecidos é o da grande e célebre sufi Râbi‘a al-‘Adawiyyah (713-801 E.C.). Tendo sido feita escrava, em criança, os seus raptores vieram a libertá-la, posteriormente, dado o evidente grau de santidade que já emanava da sua pessoa. A sua via foi a do Amor Divino (mahaba) que ela explanou com magistral clareza nos seus aforismos místicos. Fundou o seu próprio círculo, de que foi Mestra, levando uma vida de recolhimento e ascese, rodeada dos discípulos.
A vida de Râbi‘a foi paradigmática, uma vez que serviu de exemplo a todas as gerações posteriores de sufis – homens e mulheres – nos séculos posteriores. Uma das suas máximas mais conhecidas é:
A tua própria existência é um pecado ao qual nenhum
outro se pode comparar.
Com esta controversa afirmação Râbi‘a pretendia chamar a atenção para a indigência ôntica do homem, uma vez que nada existe verdadeiramente fora de Deus. Assim, abandonar a ideia de valorizar o ego, como algo de absoluto, equivale a suprimir a origem e a possibilidade do erro (pecado).
Os ensinamentos de Râbi‘a servem, ainda hoje, de inspiração aos sufis do nosso tempo, incluindo aqueles que são também maçons.
Para concluir, vale a pena mencionar-se o testemunho de Ibn al-‘Arabî de Múrcia, o Mestre Máximo (shaykh al-akbarI) da Gnose Islâmica, e Selo da Santidade (khatm al-awalîa). Refere ele, de entre os sufis que o influenciaram, o nome das mestras sevilhanas Fátima bint al-Muthanna, Shams, conhecida por Mãe dos Pobres, a persa Nizam ou a mequense Zaynab al-Qaliyya.
Afinal, se a Gnose é só uma e jorra do princípio dos tempos, transversal a todas as religiões e civilizações, ela não distingue género, construindo uma Tríade ao pairar sobre a polaridade masculino/feminino.
Disse Annemarie Schimmel, uma grande adepta alemã do sufismo contemporâneo, no título de um dos seus livros magistrais:
Meine Seele Ist eine Frau (a minha alma é uma mulher)."
"Tuesday, September 19, 2006
O papel da mulher na Gnose Islâmica
O rosto mais visível da Gnose Islâmica é, historicamente, o do sufismo (tasawwuf), muito embora outras formas de esoterismo como este coexistam, nomeadamente, o das gnoses xiitas/ismaelitas.
O sufismo pressupõe uma via iniciática, que se exprime na confraria (tariqa), a qual assegura a manutenção de uma cadeia ininterrupta (silsila) de transmissão autêntica de conhecimento sapiencial, mediante o qual é propiciado o efeito irradiante do influxo espiritual (baraka).
O gnóstico (aquele que sabe, ‘arîf), corporiza em grau supremo, os ideais muçulmanos de santidade (walâya), de cavalaria espiritual (futuwwah) e de sageza (hikma). Assim, ao gnóstico pertence a beatitude (sakîna) de quem vive na paz de Deus (Allâh), sendo-lhe permitido, por isso, frequentar o Seu limiar.
As diversas confrarias sufis, que remontam a sua origem ao Profeta Maomé (Muhammad), baseiam-se na iniciação e ensinamento ministrados por cada mestre (shaykh) aos seus aprendizes (murîdûn).
No debate, por vezes demasiadamente apaixonado e parcial, sobre o verdadeiro estatuto da mulher nas sociedades islâmicas, são frequentemente veiculados estereótipos acerca da sua menorização, em todos aspectos da vida colectiva, o que inclui atribuir-se-lhe o baixo grau de protagonismo que, supostamente, teria, mesmo em matéria de religião.
Cumpre dizer-se que esse não é o caso em todas as sociedades islâmicas, nem tal deriva da exegese profunda dos princípios corânicos, devendo-se os fenómenos de distinção de estatuto, em função do género, quando existem, a factores puramente culturais.
Pelo contrário, a pregação de Maomé introduziu uma verdadeira revolução, em plena Idade Média, no que toca à mulher, atribuindo-lhe direitos (herança, divórcio, etc.) que o Ocidente cristão levaria séculos a reconhecer-lhe.
Disse Maomé, com efeito, segundo uma Tradição autêntica (hadith), dirigindo-se aos homens: “tendes direitos sobre as vossas mulheres e as vossas mulheres têm direitos sobre vós”.
Dito isto, será interessante observar-se, ainda que de modo muito perfunctório, o papel histórico da mulher na Gnose Islâmica, não deixando de notar-se, em relação à prática maçónica, que esta, ainda hoje, levanta fortes objecções, na maior parte das obediências, à participação feminina no processo iniciático.
Aquilo que a História nos mostra é que, desde os tempos mais recuados do Sufismo, as mulheres estão presentes nas cadeias espirituais esotéricas do Islão, acedendo ao Mestrado e sendo, elas próprias, frequentemente, as impulsionadoras de novos círculos e vias da Gnose.
Um dos exemplos mais conhecidos é o da grande e célebre sufi Râbi‘a al-‘Adawiyyah (713-801 E.C.). Tendo sido feita escrava, em criança, os seus raptores vieram a libertá-la, posteriormente, dado o evidente grau de santidade que já emanava da sua pessoa. A sua via foi a do Amor Divino (mahaba) que ela explanou com magistral clareza nos seus aforismos místicos. Fundou o seu próprio círculo, de que foi Mestra, levando uma vida de recolhimento e ascese, rodeada dos discípulos.
A vida de Râbi‘a foi paradigmática, uma vez que serviu de exemplo a todas as gerações posteriores de sufis – homens e mulheres – nos séculos posteriores. Uma das suas máximas mais conhecidas é:
A tua própria existência é um pecado ao qual nenhum
outro se pode comparar.
Com esta controversa afirmação Râbi‘a pretendia chamar a atenção para a indigência ôntica do homem, uma vez que nada existe verdadeiramente fora de Deus. Assim, abandonar a ideia de valorizar o ego, como algo de absoluto, equivale a suprimir a origem e a possibilidade do erro (pecado).
Os ensinamentos de Râbi‘a servem, ainda hoje, de inspiração aos sufis do nosso tempo, incluindo aqueles que são também maçons.
Para concluir, vale a pena mencionar-se o testemunho de Ibn al-‘Arabî de Múrcia, o Mestre Máximo (shaykh al-akbarI) da Gnose Islâmica, e Selo da Santidade (khatm al-awalîa). Refere ele, de entre os sufis que o influenciaram, o nome das mestras sevilhanas Fátima bint al-Muthanna, Shams, conhecida por Mãe dos Pobres, a persa Nizam ou a mequense Zaynab al-Qaliyya.
Afinal, se a Gnose é só uma e jorra do princípio dos tempos, transversal a todas as religiões e civilizações, ela não distingue género, construindo uma Tríade ao pairar sobre a polaridade masculino/feminino.
Disse Annemarie Schimmel, uma grande adepta alemã do sufismo contemporâneo, no título de um dos seus livros magistrais:
Meine Seele Ist eine Frau (a minha alma é uma mulher)."
6 de julho de 2011
A Placa Árabe de Sesimbra (séc XII ?)
A lapa 4 de Maio foi identificada em 2000, na sequência de trabalhos de prospecção espeleológica desenvolvidos pelo NECA (Núcleo de Espeleologia da Costa Azul). O seu nome deve-se ao facto de ter sido descoberta no dia 4 de Maio, o dia do Senhor das Chagas, Santo de grande devoção em Sesimbra. Situa-se na Serra da Azóia, nas imediações do Vale das Lapas. Trata-se de uma lapa composta por duas pequenas salas sobrepostas. O seu interesse arqueológico já se encontrava documentado pela ocorrência, na sala inferior (com 30 m2 e um desnível máximo de + 2 m), de artefactos de pedra polida (enxó de anfibolito), fragmentos de cerâmica manual, incluindo bordos e decoração campaniforme, além de algumas contas de colar discóides em xisto. Na sala superior, com um desnível de 0 m e uma área aproximada de 45 m2, foi encontrada, em Agosto de 2009, uma inscrição árabe sobre as duas faces de um placa de madeira. Esta descoberta deu-se no decorrer do levantamento topográfico da cavidade, levado a cabo por Rui Francisco e Miguel Amigo, enquanto membros da equipa da nova Carta Arqueológica do Concelho de Sesimbra.
Trata-se de «uma placa de madeira compacta, de forma rectangular, com 58 cm de comprimento, por 15,5 cm de largura e 1 cm de espessura. O topo superior e inferior encontram-se ligeiramente arredondados. A placa encontra-se incompleta na sua metade superior, provavelmente consequência directa do ambiente em que foi depositado. Sugere que terá sido ligeiramente danificada por acção do fogo. O campo epigráfico inicia-se no topo da placa, nos dois lados da mesma e desenvolve-se quase até à sua metade inferior, deixando um espaço livre adequado para ser segurado por ambas as mãos. Segundo as leituras preliminar dos dois arabistas consultados, estamos perante um texto de natureza religiosa, com alusões a Allah/Deus. Para Nicole Cottart, a “Placa”, apresenta uma sura (texto religioso) de natureza mística, provavelmente ligado à presença de morabitinos, cuja visibilidade e existência encontra-se documentada para o século XII na região. Num certo sentido, a palavra Azóia que também significa Ribat, correspondiam a locais onde um professor de sensibilidade religiosa, tinha a sua congregação e ensinava a ler ou a escrever. A presença desta placa numa gruta de Sesimbra, escondida em meados do século XII num ambiente de guerra, obriga-nos a seremos prudentes na apresentação de hipóteses de trabalho. O documento sesimbrense é único em Portugal porque sabemos exactamente onde foi encontrado e qual o contexto envolvente. Em território do Garb, só temos conhecimento com base num artigo do Arquivo de Beja, de um conjunto de placas em madeira, similares, em depósito no Museu de Beja, mas de proveniência desconhecida». «O achado de Sesimbra, para além de ser notável em variados aspectos, apresenta-se escrito num tipo de suporte completamente novo e muito raro no Garb al-Andalus. Quanto ao texto, estamos perante um estilo cúfico, coerente com o que era usado no século XII, em contexto Almorávida. Segundo os arabistas consultados, estamos provavelmente perante um texto de tipo “Magrebino” ou local, pouco cuidado, mais de um ambiente “popular” do que “erudito”, escrito numa forma rápida. Se o estilo empregue no texto é coerente com o usado no século XII, o facto de esta placa ter sido escondida numa gruta pequena, de acesso difícil mesmo nos dias de hoje, sugere que o objectivo que esteve por detrás do ocultamento, seria esta não ser encontrada. O perigo na perspectiva islâmica, eram os eminentes avanços e recuos portugueses na serra da Arrábida, após a conquista de Lisboa em 1147. Como hipótese de trabalho, sugerimos que a data de ocultamento desta placa tenha ocorrido em 1165 ou pouco depois, ano que representa a primeira conquista do Castelo de Sesimbra pelos Portugueses. A palavra de Deus é sagrada para o crente muçulmano, independentemente do suporte usado. É dever do crente impedir que os não crentes tenham acesso a ele. O facto de o objecto portador de baraka/bênção estar oculto, é benéfico para a região envolvente, porque mesmo que o território cai nas mãos dos cristãos, a palavra de Allah permite uma ligação “simbólica” ao Dar al-Islam na perspectiva do crente islâmico. Provavelmente, quem escondeu a placa, queria simbolizar a fuga do Profeta Maomé para Medina que antecede o seu regresso triunfal a Meca. Seja como for, a placa permaneceu estes últimos séculos escondida, numa região que conseguiu manter o seu nome de origem árabe, revelador do carácter sagrado que representava nesses tempos conturbados de Sesimbra» (Calado et al., 2009, p. 186-187).
Trata-se de «uma placa de madeira compacta, de forma rectangular, com 58 cm de comprimento, por 15,5 cm de largura e 1 cm de espessura. O topo superior e inferior encontram-se ligeiramente arredondados. A placa encontra-se incompleta na sua metade superior, provavelmente consequência directa do ambiente em que foi depositado. Sugere que terá sido ligeiramente danificada por acção do fogo. O campo epigráfico inicia-se no topo da placa, nos dois lados da mesma e desenvolve-se quase até à sua metade inferior, deixando um espaço livre adequado para ser segurado por ambas as mãos. Segundo as leituras preliminar dos dois arabistas consultados, estamos perante um texto de natureza religiosa, com alusões a Allah/Deus. Para Nicole Cottart, a “Placa”, apresenta uma sura (texto religioso) de natureza mística, provavelmente ligado à presença de morabitinos, cuja visibilidade e existência encontra-se documentada para o século XII na região. Num certo sentido, a palavra Azóia que também significa Ribat, correspondiam a locais onde um professor de sensibilidade religiosa, tinha a sua congregação e ensinava a ler ou a escrever. A presença desta placa numa gruta de Sesimbra, escondida em meados do século XII num ambiente de guerra, obriga-nos a seremos prudentes na apresentação de hipóteses de trabalho. O documento sesimbrense é único em Portugal porque sabemos exactamente onde foi encontrado e qual o contexto envolvente. Em território do Garb, só temos conhecimento com base num artigo do Arquivo de Beja, de um conjunto de placas em madeira, similares, em depósito no Museu de Beja, mas de proveniência desconhecida». «O achado de Sesimbra, para além de ser notável em variados aspectos, apresenta-se escrito num tipo de suporte completamente novo e muito raro no Garb al-Andalus. Quanto ao texto, estamos perante um estilo cúfico, coerente com o que era usado no século XII, em contexto Almorávida. Segundo os arabistas consultados, estamos provavelmente perante um texto de tipo “Magrebino” ou local, pouco cuidado, mais de um ambiente “popular” do que “erudito”, escrito numa forma rápida. Se o estilo empregue no texto é coerente com o usado no século XII, o facto de esta placa ter sido escondida numa gruta pequena, de acesso difícil mesmo nos dias de hoje, sugere que o objectivo que esteve por detrás do ocultamento, seria esta não ser encontrada. O perigo na perspectiva islâmica, eram os eminentes avanços e recuos portugueses na serra da Arrábida, após a conquista de Lisboa em 1147. Como hipótese de trabalho, sugerimos que a data de ocultamento desta placa tenha ocorrido em 1165 ou pouco depois, ano que representa a primeira conquista do Castelo de Sesimbra pelos Portugueses. A palavra de Deus é sagrada para o crente muçulmano, independentemente do suporte usado. É dever do crente impedir que os não crentes tenham acesso a ele. O facto de o objecto portador de baraka/bênção estar oculto, é benéfico para a região envolvente, porque mesmo que o território cai nas mãos dos cristãos, a palavra de Allah permite uma ligação “simbólica” ao Dar al-Islam na perspectiva do crente islâmico. Provavelmente, quem escondeu a placa, queria simbolizar a fuga do Profeta Maomé para Medina que antecede o seu regresso triunfal a Meca. Seja como for, a placa permaneceu estes últimos séculos escondida, numa região que conseguiu manter o seu nome de origem árabe, revelador do carácter sagrado que representava nesses tempos conturbados de Sesimbra» (Calado et al., 2009, p. 186-187).
A tradução da SURA 39.ª (pelo Cheique David Munir da Mesquita de Lisboa):
Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso
1. Em verdade, temos-te predestinado um evidente triunfo,
2. Para que Deus perdoe as tuas faltas, passadas e futuras, agraciando-te e guiando-te pela senda recta.
3. E para que Deus te secunde poderosamente.
4. Ele foi Quem infundiu o sossego nos corações dos fiéis para acrescentar fé à sua fé. A Deus pertencem os exércitos dos céus e da terra, porque Deus é Prudente, Sapientíssimo.
5. Para introduzir os fiéis e as fiéis em jardins, abaixo dos quais correm os rios, onde morarão eternamente, bem como absolver-lhes as faltas, porque é uma magnífica conquista (para o homem) ante Deus.
6. É castigar os hipócritas e as hipócritas, os idólatras e as idólatras que pensam mal a respeito de Deus. Que os açoite a vicissitude! Deus os abominará, amaldiçoá-los-á e lhes destinará o inferno. Que péssimo destino!
7. A Deus pertencem os exércitos dos céus e da terra, porque Deus é Poderoso, Prudentíssimo.
8. Em verdade, enviamos-te por testemunha, alvissareiro e admoestador,
9. Para que creiais (ó humanos) em Deus e no Seu Mensageiro, socorrendo-O, honrando-O e glorificando-O, pela manhã e à tarde.
10. Em verdade, aqueles que te juram fidelidade, juram fidelidade a Deus. A Mão de Deus está sobre as suas mão; porém, quem perjurar, perjurará em prejuízo próprio. Quanto àquele que cumprir o pacto com Deus, Ele lhe concederá uma magnífica recompensa.
11. Os que ficaram para trás, dentre os beduínos, dir-te-ão: Estávamos empenhados em (proteger) os nossos bens e as nossas famílias; implora a Deus que nos perdoe! Dizem, com seus lábios, o que os seus corações não sentem. Dize-lhes: Quem poderia defender-vos de Deus, se Ele quisesse prejudicar-vos ou beneficiar-vos? Porém, Deus está inteirado de tudo quanto fazeis.
12. Qual! Imagináveis que o Mensageiro e os fiéis jamais voltariam às suas famílias; tal pensamento desenvolvia-se nos vossos corações! E pensáveis maldosamente, porque sois um povo desventurado.
13. E há aqueles que não crêem em Deus e em Seu Mensageiro! Certamente temos destinado, para os incrédulos, o tártaro.
14. A Deus pertence o reino dos céus e da terra. Ele perdoa quem quer e castiga quem Lhe apraz; sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.
15. Quando marchardes para vos apoderardes dos despojos, os que ficarem para trás vos dirão: Permiti que vos sigamos! Pretendem trocar as palavras de Deus. Dize-lhes: Jamais nos seguireis, porque Deus já havia declarado (isso) antes. Então vos dirão: Não! É porque nos invejais. Qual! É que não compreendem, senão poucos.
16. Dize aos que ficaram para trás, dentre os beduínos: Sereis convocados para enfrentar-vos com um povo dado à guerra; então, ou vós os combatereis ou eles se submeterão. E se obedecerdes, Deus vos concederá uma magnífica recompensa; por outra, se vos recusardes, como fizestes anteriormente, Ele vos castigará dolorosamente.
17. Não terão culpa o cego, o coxo, o enfermo. Quanto àquele que obedecer a Deus e ao Seu Mensageiro, Ele o introduzirá em jardins, abaixo dos quais correm os rios; por outra, quem desdenhar, será castigado dolorosamente.
18. Deus Se congratulou com os fiéis, que te juraram fidelidade, debaixo da árvore. Bem sabia quanto encerravam os seus corações e, por isso infundiu-lhes o sossego e os recompensou com um triunfo imediato,
19. Bem como com muitos ganhos que obtiveram, porque Deus é Poderoso, Prudentíssimo.
20. Deus vos prometeu muitos ganhos, que obtereis, ainda mais, adiantou-vos estes e conteve as mãos dos homens, para que sejam um sinal para os fiéis e para guiar-vos para uma senda recta. E outros ganhos que não pudestes conseguir, Deus os conseguiu, e Deus é Onipotente.
21. E ainda que o incrédulos vos combatessem, certamente debandariam, pois não achariam protector nem defensor.
22. Tal foi a lei de Deus no passado; jamais acharás mudanças na lei de Deus.
23. Ele foi Quem conteve as mãos deles, do mesmo modo como conteve as vossas mãos no centro de Makka, depois de vos ter feito prevalecer sobre eles; sabei que Deus bem vê tudo quanto fazeis.
24. Foram eles, os incrédulos, os que vos impediram de entrar na Mesquita Sagrada e impediram que a oferenda chegasse ao seu destino. E se não houvesse sido por uns homens e mulheres fiéis, que não podíeis, distinguir, e que poderíeis ter morto sem o saber, incorrendo, assim, inconscientemente, num crime hediondo, Ter-vos-íamos facultado combatê-lo; foi assim estabelecido, para que Deus pudesse agraciar com a Sua misericórdia quem Lhe aprouvesse. Se vos tivesse sido possível separá-los, teríamos afrontado os incrédulos com um doloroso castigo.
25. Quando os incrédulos fomentaram o fanatismo - fanatismo da idolatria - em seus corações Deus infundiu o sossego em Seu Mensageiro e nos fiéis, e lhes impôs a norma da moderação, pois eram merecedores e dignos dela; sabei que Deus é Onisciente.
26. Em verdade, Deus confirmou a visão do Seu Mensageiro: Se Deus quisesse, entraríeis tranquilos, sem temor, na Sagrada Mesquita; uns com os cabelos raspados, outros com os cabelos cortados, sem medo. Ele sabe o que vós ignorais, e vos concedeu, não obstante isso, um triunfo imediato.
27. Ele foi Quem enviou o Seu Mensageiro com a orientação e com a verdadeira religião, para fazê-las prevalecer sobre todas as outras religiões; e Deus é suficiente Testemunha disso.
28. Mohammad é o Mensageiro de Deus, e aqueles que estão com ele são severos para com os incrédulos, porém compassivos entre si. Vê-los-ás genuflexos, prostrados, anelando a graça de eus e a Sua complacência. Seus rostos estarão marcados com os traços da prostração. Tal é o seu exemplo na tora e no Evangelho,(1509) como a semente que brota, se desenvolve e se robustece, e se firma em seus talos, compraz aos semeadores, para irritar os incrédulos. Deus prometeu aos fiéis, que praticam o bem, indulgência e uma magnifica recompensa.
Bibliografia:
CALADO, M.; GONÇALVES, L.; FRANCISCO, R.; ALVIM, P.; ROCHA, L.; FERNANDES, R. (2009) – O Tempo do Risco. Carta Arqueológica de Sesimbra. Sesimbra: Câmara Municipal
CALADO, M.; GONÇALVES, L.; FRANCISCO, R.; ALVIM, P.; ROCHA, L.; FERNANDES, R. (2009) – O Tempo do Risco. Carta Arqueológica de Sesimbra. Sesimbra: Câmara Municipal
Lapa 4 Maio
18 de junho de 2010
Música Árabe-Andaluz
LA MÚSICA ARÁBIGO-ANDALUZA por Roger Garaudy
“Sin la música, ninguna disciplina puede ser perfecta, puesto que nada existe sin ella. Y puesto que en el universo todo está unido por la virtud armónica y rítmica de la música, el espíritu humano no debe negarse a seguir el ejemplo que le ofrece la naturaleza”
Isidoro de Sevilla, Etimologías, Libro III, C. 15.
" Todos los grandes filósofos árabes escribieron sobre la música, la máxima expresión de la concepción islámica del mundo y de las dimensiones divinas de la vida. La obra más importante de las que se escribieron sobre este tema fue la de Al Farabi (872-950), Kitabu al musiq al Kabir (“El gran libro sobre la música”). También él analizaba el poder emocional de la música y su papel como elemento de comunicación con el otro. El punto del que arranca es casi biológico: “El hombre y el animal, bajo la impulsión de sus instintos, emiten sonidos que expresan sus emociones, como pueden ser la de alegría y miedo. La voz humana expresa mayor variedad (tristeza, ternura, cólera). Estos sonidos, en la diversidad de sus notas, provocan en la persona que los escucha los mismos matices de sentimientos o de pasiones, exaltándole, controlándole o tranquilizándole. ”
El primer volumen del tratado de Al Farabi trata de la composición musical y ofrece un análisis del ritmo, de los intervalos, con sus definiciones, tanto aritméticas como geométricas, y de las formas de consonancia y de modulación. Tras esto estudia los diversos instrumentos y sus funciones en un conjunto polifónico.
En Al Farabi se inspiró Ibn Sina (Avicena) (980-1037), que desarrolló la teoría matemática de la música en su libro Al Sifa, cap. XII . El gran sufí Al Ghazali (1059-1111) consagró el octavo libro de su obra Ihya ulum al din (“Reconstrucción del pensamiento religioso”), al buen uso de la música y del canto en la vida espiritual: Kitab adab al sama wa al wajd. Esta obra, escrita a comienzos del siglo XII, es una de las más importantes aportaciones para el conocimiento de la percepción espiritual de la música (sama). En este trabajo prolonga las tesis del libro de Al Muhasibi (781-857), Kitab al ri’aya li huquq Allah wa-l-qiyam biha . En realidad, se trata de un método de los sufíes para provocar el éxtasis (wajd , según la expresión de Ghazali) por medio de la poesía cantada.
Ghazali distingue la música espiritual de aquélla que tiene como objetivo únicamente el placer de los sentidos. La primera es la única, según él, moralmente justificable. Puede tratarse de una simple salmodia del Corán; el que escucha debe hacerlo con un corazón puro para ser totalmente receptivo."
El primer volumen del tratado de Al Farabi trata de la composición musical y ofrece un análisis del ritmo, de los intervalos, con sus definiciones, tanto aritméticas como geométricas, y de las formas de consonancia y de modulación. Tras esto estudia los diversos instrumentos y sus funciones en un conjunto polifónico.
En Al Farabi se inspiró Ibn Sina (Avicena) (980-1037), que desarrolló la teoría matemática de la música en su libro Al Sifa, cap. XII . El gran sufí Al Ghazali (1059-1111) consagró el octavo libro de su obra Ihya ulum al din (“Reconstrucción del pensamiento religioso”), al buen uso de la música y del canto en la vida espiritual: Kitab adab al sama wa al wajd. Esta obra, escrita a comienzos del siglo XII, es una de las más importantes aportaciones para el conocimiento de la percepción espiritual de la música (sama). En este trabajo prolonga las tesis del libro de Al Muhasibi (781-857), Kitab al ri’aya li huquq Allah wa-l-qiyam biha . En realidad, se trata de un método de los sufíes para provocar el éxtasis (wajd , según la expresión de Ghazali) por medio de la poesía cantada.
Ghazali distingue la música espiritual de aquélla que tiene como objetivo únicamente el placer de los sentidos. La primera es la única, según él, moralmente justificable. Puede tratarse de una simple salmodia del Corán; el que escucha debe hacerlo con un corazón puro para ser totalmente receptivo."
Fonte ( para artigo completo) :
http://www.libreria-mundoarabe.com/Boletines/n%BA50%20Jun.07/MusicaArabigoAndaluza.html
12 de abril de 2010
Jesús no Islão e a nossa actualidade
Nos Hadice (ditos do Profeta Muhammad), refere-se que Obaid, filho de Omar, disse:
“Jesus, filho de Maria, a paz esteja com ele, disse: “Nos últimos dias haverão homens sábios que ensinarão a abstinência do mundo, mas que não se absterão eles próprios, que ensinarão os homens a desejar o outro mundo mas que não o sentirão eles próprios e que avisarão os homens para que não se revoltem contra os governantes, mas que não se dominarão a eles próprios. Aproximar-se-ão dos ricos e manter-se-ão longe dos pobres; serão agradáveis para os homens importantes mas afastar-se-ão dos homens humildes. Estes são os filhos do diabo e inimigos do Misericordioso”
Fonte: “Muçulmanos esclarecem o Papa”, edição Al Furqán, 1995, pág 91
“Jesus, filho de Maria, a paz esteja com ele, disse: “Nos últimos dias haverão homens sábios que ensinarão a abstinência do mundo, mas que não se absterão eles próprios, que ensinarão os homens a desejar o outro mundo mas que não o sentirão eles próprios e que avisarão os homens para que não se revoltem contra os governantes, mas que não se dominarão a eles próprios. Aproximar-se-ão dos ricos e manter-se-ão longe dos pobres; serão agradáveis para os homens importantes mas afastar-se-ão dos homens humildes. Estes são os filhos do diabo e inimigos do Misericordioso”
Fonte: “Muçulmanos esclarecem o Papa”, edição Al Furqán, 1995, pág 91
2 de janeiro de 2010
O Amor Cavaleiresco
"El Amor Caballeresco
El ideal caballeresco, con todo o que encierra de virtudes varoniles y culto a la mujer, tiene en el Islam un carácter mucho más amplio que en el Cristianismo; tiene antecedentes más antiguos, pues se deriva del ejemplo preislámico del caballero del desierto y posee una raíz más profunda, porque la espiritualizácion del oficio de las armas, la "guerra santa", desempeña un papel essencial (...). El hombre espiritualmente perfecto, dice Ibn al-Arabi, no ama a la mujer por mera pasión; la ama porque ve en ella la imagem de Dios."
"La Civilización Hispano-Árabe", Titus Burckhardt, Ed Alianza Editorial
págs 115 e 123, Capítulo 7, El Amor Caballeresco
El ideal caballeresco, con todo o que encierra de virtudes varoniles y culto a la mujer, tiene en el Islam un carácter mucho más amplio que en el Cristianismo; tiene antecedentes más antiguos, pues se deriva del ejemplo preislámico del caballero del desierto y posee una raíz más profunda, porque la espiritualizácion del oficio de las armas, la "guerra santa", desempeña un papel essencial (...). El hombre espiritualmente perfecto, dice Ibn al-Arabi, no ama a la mujer por mera pasión; la ama porque ve en ella la imagem de Dios."
"La Civilización Hispano-Árabe", Titus Burckhardt, Ed Alianza Editorial
págs 115 e 123, Capítulo 7, El Amor Caballeresco
17 de julho de 2009
"Os meus amigos Templários", escreve Ussamah em plena Cruzada Ocidental
AL AQSA
Escrito por volta de 1138 pelo cronista Ussamah Ibn Munqidh, em visita a Jerusalém. Citado por Amin Maalouf na obra "As Cruzadas vistas pelos Árabes" (Edifer, pág155 e 156).
14 de agosto de 2008
III - E, talvez, a inspiração ou herança para mais
Os protagonistas da Fábula, os chacais Kalila e Dimna (na ilustração árabe - ver I e II abaixo)
E uma das pedras embutidas na base da torre da Igreja de São João Baptista - Tomar, Portugal, cuja origem é controversa.
E uma das pedras embutidas na base da torre da Igreja de São João Baptista - Tomar, Portugal, cuja origem é controversa.
II - E a inspiração para a "Irmandade da Pureza"
A parte II desta versão árabe das fábulas de Panchantantra, ter-se-á feito associar à
Ikhwan al-Safa’ - "Irmandade da Pureza" ou "Irmãos da Sinceridade", os enciclopedistas árabes precursores em 8 séculos dos enciclopedistas europeus:
Ikhwan al-Safa’ - "Irmandade da Pureza" ou "Irmãos da Sinceridade", os enciclopedistas árabes precursores em 8 séculos dos enciclopedistas europeus:
"Scholars aver that the second section of Ibn al-Muqaffa's translation, illustrating the Sanskrit principle of Mitra Laabha (Gaining Friends), became the unifying basis for the Brethren of Purity — the anonymous 9th century CE Arab encyclopedists whose prodigious literary effort, Encyclopedia of the Brethren of Sincerity, codified Indian, Persian and Greek knowledge."
(Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Panchatantra )
Acerca desta "Irmandade da Pureza":
"PURITY, BROTHERS OF. An association of philosophers of Arab origin, founded at Bosra, in the tenth century. Their principles seem to have been analogous to those of the Essenes. They studied and wrote much, and their writings were afterwards studied by the learned Spanish Jews. Having peculiar forms of initiation, they came to be regarded as a kind of Freemasons, a term specially applied to them by Steinschneider." -- Mackenzie, 584."
(Fonte: http://www.ismaili.net/mirrors/Ikhwan_04/brotherpur.html )
Ver também http://www.iis.ac.uk/view_article.asp?ContentID=106577 - "Ikhwan al Safa’ (the Brethren of Purity) was a group of learned scholars who produced an encyclopedic work of 52 volumes in the 10th century CE, embodying the scientific and philosophical knowledge of their time. It is more generally accepted that their line in literature belonged to the Shi‘a legacy with strong connections with the Ismaili tradition. The authors were well informed about various sciences and inspired by scholars of Greek thought, and the ancient Indian and Persian classics. They also incorporated scriptures of the Abrahamic tradition into their writings, including the Torah of Judaism and the Canonical Gospels of Christianity. The Rasa’il of the Ikhwan are a significant contribution to the development of the history of ideas in Islam."
I - A inspiração para La Fontaine
As Fábulas de Kalila e Dimna (Pachantantra), na sua versão de Ibn Al Muqaffa (acerca de 750) e que remontarão a milhares de anos.
"(...) Kalîla wa Dimna est présenté comme étant une traduction des Fables de Bidpaï. À l’origine, ces fables animalières, tirées d’une épopée fondatrice de la civilisation indienne – le Pantchatantra –, auraient été écrites en sanskrit, vers 200, par un brahmane inconnu, équivalent d’Ésope pour la tradition indienne, puis traduites en persan et, au VIe siècle, en syriaque.L’adaptation du persan en arabe, réalisée par Ibn al-Muqaffa‘ vers 750 (...) fut abondamment traduite, en persan, en turc, mongol, latin et inspira de nombreux écrivains. Des exemplaires, enluminés ou non, rapportés par des savants ou des ambassadeurs, enrichirent les grandes bibliothèques européennes. En 1644, une version française, réalisée à partir d’une nouvelle traduction persane du texte d’Ibn al-Muqaffa‘, fut publiée par Gilbert Gaulmin. La Fontaine emprunta aux histoires de Kalîla et Dimna les éléments ou la trame de quelques-unes de ses Fables : Le Chat, la Belette et le Petit Lapin, Le Chat et le Rat, Les Deux Pigeons, La Laitière et le Pot au lait (...)"
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